terça-feira, 1 de novembro de 2011

A delícia do trabalho

Eu estava um pouco sem inspiração para escrever ultimamente. Também, trabalho, compromisso, cursos, terapia, haja inspiração né.
Pensei escrever sobre lírios, estou pesquisando sobre eles, já que não gosto de escrever algo por escrever. Agora também a Falsa-Mirra entrou no holl de postagens, acabei de plantar uma em casa.
Mas hoje vou aproveitar para falar sobre JARDINAR!
Não em pesquisas, mas no empírico, minha vida jardinando.
Com o tempo você vai identificando detalhes não vistos a olho nu. Tipo, a personalidade do dono do jardim que você cuida. A personalidade do jardim, seus habitantes, suas belezas, suas tristezas.
Ao início do meu trabalho, tinha medo das aranhas, sempre tive medo de aranhas. Para quem pôde verificar na última postagem, consegui entrar em harmonia com elas. E mais, quando via uma aranha em uma planta, a retirava, acreditando ser ela prejudicial à planta. Que equívoco. Que capacidade nós seres humanos temos de acreditar que tudo funciona como funciona para nós mesmos.
As aranhas em flores, plantas, etc, são benéficas, pois se alimentam de pragas que por ali poderiam se instalar. Por exemplo, um teia de aranha numa bromélia, afasta os mosquitos que podem reproduzir-se em suas poças d'agua. E elas comem pulgões, não o suficiente para acabar com uma infestação, mas uma infestação sempre começa com alguns pequenos pulgões, que, ao ver a predadora pensarão 2x antes de atacar as plantinhas.
Aí me deparo com sementes de palmeiras brotando voluntariamente do chão. Existem cursos especializados para germinação de sementes de palmeiras, pois é hiper complicado faze-las germinar fora de seu habitat natural. Mas a natureza, quando sozinha e livre para atuar, sempre encontra um meio.
E a solidão! Trabalhar num jardim é estar consigo mesmo e com as plantas. É uma terapia Froidiana. Com um elemento especial, é claro. Entre minhas preocupações, confusões, conclusões, questionamentos e planejamentos, conto com a terra que descarrega minha energia, equilibrando-a, com as plantas e suas emanações energéticas mais que benéficas, e com a ligação mental com o universo. Portanto não há solidão, e sim uma grande oportunidade de interiorização e exteriorização. É unir o intelecto, o físico e o espiritual!
É cansativo, mas produz serotonina. Ah! Grandiosa sejas serotonina.
É inseguro, pois não tenho conhecimento de todas as plantas e suas necessidades. Bendita sejas insegurança, pois és a força motriz de minhas pesquisas e estudos.
É perigoso, pois há animais peçonhentos, acidentes de trabalho, plantas que podem causar algum tipo de alergia... para isso posso contar com duas ótimas ferramentas. Uma oração de agradecimento por poder trabalhar em que minha alma se satisfaz, evolui e aprende, e com os equipamentos de segurança.
Jardinar, ao meu ver, é uma experiência que as vezes nem consigo descrever. É sentir parte realmente do planeta. É depender da chuva, do sol, do vento! É procurar o equilíbrio. É retirar elementos daninhos, para que elementos benéficos possam se fortalecer!
Enfim, é uma lição de vida, quem nunca imaginei receber, e que talvez nunca consiga agradecer à altura do benefício!

Obrigado.

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